ONU lança relatório sobre violência contra crianças em África
Representante do secretário-geral, Marta Santos Pais disse que documento apresenta situações em que os menores estão a ser afetados nas escolas e nas comunidades; além disso, cita questões de maus tratos e torturas contra crianças que apresentam algum tipo de deficiência.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A representante especial do secretário-geral sobre Violência contra Crianças, Marta Santos Pais, divulga esta quarta-feira um relatório sobre a situação dos menores em África.
O documento foi preparado pelo Escritório da representante, pela União Africana, pela Missão da Zâmbia na ONU e pelo Instituto de Investigação e Promoção dos Direitos das Crianças, com base na Etiópia.
Objetivo
O objetivo é averiguar as formas de violência que afetam as crianças africanas, em quais circunstâncias elas acontecem e quais são as medidas desenvolvidas até hoje pelos Estados africanos.
Além disso, os especialistas debatem como melhorar a ação para prevenir e eliminar a violência contra os menores no continente.
De Nova Iorque, em entrevista à Rádio ONU, Santos Pais falou sobre os tipos de violência que as crianças sofrem.
“Situações que tenham a ver com a violência nas escolas, com a violência nas comunidades e com a violência no seio da família. Situações de estigmatização, de marginalização, de tortura e de maus tratos. Por exemplo, essas são crianças que sofrem de algum tipo de deficiência ou crianças com albinismo.”
Preocupação
A representante da ONU disse que os menores que são particularmente vulneráveis em suas sociedades são um fator de grande preocupação.
Mas Santos Pais afirma que o documento também traz pontos positivos, como o reconhecimento às constituições que proíbem a violência contra a criança no continente africano.
Ela cita ainda as boas legislações em vigor, os mecanismos de proteção e o papel desempenhado por líderes religiosos e autoridades locais que fazem um chamado para ação para que as boas práticas possam ser melhor conhecidas.
Ao mesmo tempo, é importante pressionar os países para que acelerem seus esforços para prevenir a violência e proteger as crianças africanas.
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