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ONU debate forma de evitar e proteger o mundo de novo holocausto

Vice-secretário-geral, Jan Eliasson, disse que é importante analisar porque o mundo continua fracassando na prevenção de atrocidades em massa; evento realizado no Ecosoc marca o 70º aniversário da liberação dos prisioneiros do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU realizou esta quarta-feira um debate no Conselho Econômico e Social sobre como evitar e proteger o mundo de um novo holocausto, de assassinatos como os registrados no Camboja e de genocídios como os de Ruanda e Srebrenica.

O evento no Ecosoc, organizado pela Missão diplomática da Polônia, marca o 70º aniversário da liberação dos prisioneiros do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau.

Nunca Mais

O vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, disse ser “importante examinar o porque o mundo fracassou em evitar atrocidades em massa, apesar das lições anteriores, do conhecimento das causas e fatores e apesar das garantias de que elas não aconteceriam nunca mais”.

Eliasson afirmou que todos “devem perguntar o que mais pode ser feito e criar sociedades onde a tolerância seja mais forte que o ódio”.

Segundo ele, “o genocídio só acontece quando todos ignoram os sinais de alerta e não estão dispostos a agir”. O vice-secretário-geral declarou que “numa era de comunicação instantânea e profundas inter-relações, não se pode dizer ou fingir que não há conhecimento do que está acontecendo no mundo”.

Educação

Eliasson deixou claro que este é o caso especialmente do genocídio, que não surge da noite para o dia. Ele afirmou que essa tragédia é resultado de um processo que se desenvolve durante um período de tempo e de condições.

O vice-líder da ONU disse que os conflitos armados, geralmente, criam o ambiente propício que pode levar a atrocidades em massa. Na sua opinião, ao solucionar ou evitar esses conflitos, a comunidade internacional está também reduzindo os riscos de um genocídio.

Segundo ele, o genocídio é resultado de divisões da sociedade que servem de causa e justificativa para a violência. Eliasson declarou que para evitar essa prática são necessários esforços em apoio à diversidade, tolerância e inclusão.

Para o vice-secretário-geral, a “educação é uma das melhores defesas contra preconceitos que podem levar à violência extrema”.