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Em Davos, Nações Unidas pedem US$ 1 mil milhão para deter o ébola

David Nabarro. Foto: ONU/Mark Garten

Em Davos, Nações Unidas pedem US$ 1 mil milhão para deter o ébola

No topo das necessidades estão investimentos  em infraestruturas sanitárias na Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa; organização defende queda em novos casos  mas alerta que doença continua a representar uma grave ameaça.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

As Nações Unidas pediram aos líderes mundiais reunidos do Fórum Económico Mundial, em Davos, mais US$ 1 mil milhão para ajudar na luta contra o ébola.

O enviado do secretário-geral sobre a doença, David Nabarro, e a chefe do Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Valerie Amos, disseram tratar-se de uma complexa crise global que exige uma resposta maciça e imediata.

Coligação

A ONU afirmou que o surto de ébola criou uma coligação sem precedentes de organizações e de países no combate à doença no continente africano.

Nabarro explicou que “a única forma de se acabar com o surto é tratando até o último caso”. A prioridade está na necessidade de investir em infraestruturas de saúde dos países mais afetados que são Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa.

De acordo com o enviado especial, as operações de resposta carecem de ajuda financeira e de materiais e equipamentos médicos para salvar vidas e proteger as comunidades.

Grave Ameaça

As Nações Unidas têm um plano para pôr um fim à propagação do vírus e todos os parceiros da organização participam nas operações em vários países. Nabarro disse que a comunidade internacional alcança progressos na luta contra o ébola, o número de novos casos diminui mas a doença continua a representar uma grave ameaça.

O responsável explicou que as ações não serão bem-sucedidas até que as comunidades locais compreendam a natureza do problema e adotem medidas que reduzam as possibilidades de infeção.

O enviado explicou, entretanto,  que o ébola não acabará enquanto o vírus não for eliminado em todos os países e que não haverá sucesso na luta contra a doença sem o apoio e a participação do setor privado.

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*Apresentação: Eleutério Guevane.