FMI fala sobre planos para tornar o Senegal uma economia emergente
Órgão recorda que país africano concluiu com sucesso o programa apoiado pelo Fundo; nova estratégia prevê viragem até 2015.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Fundo Monetário Internacional , FMI, informou que o Senegal está a executar planos para transformar-se numa economia emergente até 2035.
Em comunicado, divulgado no seu site na internet, o FMI afirmou que o país africano conseguiu concluir com êxito o programa apoiado pela entidade.
Revisão
A nova proposta pretende resgatar o Senegal de um ciclo de baixo crescimento e alta pobreza, como informou uma revisão regular sobre a nação do oeste da África.
O plano quer que o Senegal seja transformado num centro regional para o crescimento inclusivo e uma economia emergente.
O país tem crescido muito devagar, o que está a atrasar os avanços e a redução da pobreza. As políticas cautelosas da equipa económica têm ajudado a preservar a estabilidade, mas a lentidão na implementação de reformas estruturais continua a impedir o crescimento.
Investimento
Entre 1995 e 2005 a economia senegalesa avançou 4,5 por cento. Isso ajudou a baixar o número de pessoas a viver na pobreza em 20 pontos percentuais para 48 por cento.
Mas entre 2006 e 2013, o crescimento desacelerou para uma média de 3,4 por cento o que reflectiu pela negativa nos negócios, em problemas no setor de energia e na baixa eficiência do investimento público.
O Senegal também foi afetado por uma série de choques como o preço do petróleo, a crise dos alimentos e a recessão financeira global. Mais recentemente, o país sofreu os efeitos do surto de ébola na região.
Com o novo plano “Senegal Emergente”, a ser traçado pelas autoridades do país, o FMI espera alcançar crescimento maior e mais sustentado, mais desenvolvimento humano e proteção social além de melhorias na governança, na paz e segurança.
*Apresentação: Denise Costa.