Perspectiva Global Reportagens Humanas

Gordon Brown condena ataques do Boko Haram na Nigéria BR

Gordon Brown. Foto: ONU/Mark Garten

Gordon Brown condena ataques do Boko Haram na Nigéria

Enviado especial da ONU para Educação Global e ex-primeiro-ministro britânico emitiu comunicado lembrando que em abril, fará um ano que um grupo de mais de 200 alunas foi sequestrado pelo movimento islâmico.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O enviado especial do secretário-geral da ONU para Educação Global condenou os atentados cometidos pelo movimento islâmico, Boko Haram, na Nigéria.

Em comunicado, o enviado e ex-primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que todo o mundo está unido na condenaçao dos últimos atentados do grupo, que usou meninas-bomba para matar mais de 20 pessoas.

Idade escolar

Brown afirmou que os integrantes do Boko Haram, que significa “educação ocidental é proibido” chegaram a um novo ponto baixo e bárbaro ao usar crianças para cometer os assassinatos.

No primeiro ataque na semana passada, uma menina de 10 anos explodiu a bomba, amarrada ao corpo, no mercado de Maiduguri, no estado de Borno. Pelo menos 20 pessoas perderam a vida. Já no domingo, outras duas meninas-bomba atacaram um mercado no estado de Yobe, matando três pessoas e ferindo mais de 40.

O enviado da ONU lembrou que o movimento islâmico deixou o mundo ultrajado ao cometer assassinatos deliberados de homens, mulheres e crianças inocentes nas cidades de Baga e Doron Baga, no nordeste do país. Uma das vítimas foi uma mulher que estava em trabalho de parto e o bebê que estava vindo ao mundo.

Escravos

Brown disse que o uso de crianças é uma contravenção das leis internacionais, e que elas são um “alvo fácil” para os integrantes do movimento que exploram os menores como escravos, objetos sexuais e agora como autores de ataques suicidas.

Gordon Brown encerrou, dizendo que em abril fará um ano do sequestro de mais de 200 meninas numa escola de Chibok, na Nigéria. Para ele, o mundo tem que resolver fazer mais para capturar o Boko Haram e assegurar a proteção das crianças para que elas não sejam usadas como simples armas em atos de uma guerra sem sentido.