ONU estima que 78 milhões precisam de auxílio humanitário urgente em 2015
Subsecretária-geral chama a atenção para deslocamento diário de cerca de 23 mil pessoas; Sudão do Sul, Somália e República Centro-Africana entre os principais cenários de violência e perseguição.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
As Nações Unidas estimam que 78 milhões de pessoas, em 22 países, carecem de assistência humanitária urgente este ano. Os custos para a ajuda rondam US$ 16,4 mil milhões, segundo a subsecretária-geral para Assistência Humanitária.
Falando no Conselho de Relações Internacionais, em Nova Iorque, Valerie Amos disse que a resposta humanitária enfrenta uma pressão significativa à medida que aumentam as necessidades em todo o mundo.
Cuidados
A responsável pelas ações humanitárias da organização disse que o montante deve ser aplicado para garantir abrigos urgentes, cuidados essenciais de saúde, educação e alimentação.
Amos afirmou que apesar de o valor apoiar a sobrevivência das vítimas, não permite a reconstrução das suas vidas. Como defendeu, sem a resolução dos conflitos as pessoas vão continuar a fugir da brutalidade.
Desastres
Mas as necessidades também incluem sistemas de alerta precoce e medidas de mitigação do risco de desastres naturais que podem expor as pessoas ao impacto de furacões, secas, inundações .
Em 2014, 75% da resposta humanitária foi dedicada a áreas de conflitos e de emergências complexas . Amos deu o exemplo das crises no Iraque e na Síria para ilustrar a ação em conflitos com graves implicações muito além de fronteiras nacionais.
Líbia
A Líbia foi mencionada pela chefe humanitária da ONU pelo impacto da queda de Muammar Kaddafi , em 2011. O facto "levou à grande insegurança e à proliferação de armas em toda a África Central e Ocidental."
Em África, o Sudão do Sul, a Somália e a República Centro-Africana foram citados pela violência e outras formas de perseguição que forçam o deslocamento diário de uma média de 23 mil pessoas.
Entretanto, a Síria é que lidera a lista de países que são mencionados por chamaram organizações humanitárias para preencher as grandes lacunas "quando os Estados deixam de cumprir o seu dever de proteger seus cidadãos."
*Apresentação: Denise Costa.