Prazo para rendição incondicional do Fdlr esgotou-se a 2 de janeiro; Ocha declara concessão de US$ 30 milhões para vítimas de conflitos e subnutrição no país africano; financiamento permitirá abordar necessidades prioritárias de populações afetadas.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O secretário-geral da ONU falou ao telefone nesta quarta-feira com o presidente da República Democrática do Congo e pediu ação decisiva contra as Forças Democráticas de Libertação do Ruanda, Fdlr.
O prazo para a rendição incondicional do Fdlr esgotou-se a 2 de janeiro. Ban Ki-moon saudou a garantia do presidente de que seu governo está pronto para agir e mencionou que a Missão de Estabilização da ONU no país, Monusco, está pronta a atuar com o exército congolês.
Fundo
O coordenador humanitário da República Democrática do Congo, Moustapha Soumaré, aprovou a concessão de US$ 30 milhões do Fundo Humanitário Comum para fornecer assistência às pessoas afetadas por conflitos armados e crises nutricionais em oito das 11 províncias do país.
Segundo o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, este financiamento permitirá abordar as necessidades prioritárias destas populações.
Abordagem
Soumaré mencionou o desenvolvimento de uma “abordagem que vise a envolver as comunidades e os indivíduos na identificação das necessidades e acima de tudo na busca de respostas possíveis e sua implementação”.
Duas crises foram identificadas pelos atores humanitários. Por um lado, os movimentos populacionais ligados aos conflitos armados em Katanga, Kivu do Norte, Kivu Sul e no leste do país. Por outro, a subnutrição em províncias de Maniema e Bandundu, entre outras.
Orçamento
Este fundo foi criado em 2006 por iniciativa dos doadores. Ele é administrado por uma unidade conjunta do Ocha e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud.
Seu objetivo é “conceder financiamento rápido e flexível para responder às necessidades humanitárias mais críticas” no país africano.
Entre 2006 e 2014, o Fundo alocou quase US$ 840 milhões que deram assistência a cerca de 8 milhões de pessoas afetadas por diferentes crises humanitárias na República Democrática do Congo.
*Apresentação: Eleutério Guevane
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