No Brasil, chefe da FAO discute cooperação com novos ministros do governo
José Graziano da Silva falou com titular da pasta de Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre cooperação Sul-Sul e como levar o programa Fome Zero a outros países; com ministra da Agricultura, foi tratada ampliação de projetos na África.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, aproveitou a posse dos ministros brasileiros para discutir a ampliação da cooperação entre o Brasil e a agência da ONU.
Em Brasília, José Graziano da Silva teve um encontro com o novo ministro da Pesca, Helder Barbalho, onde falaram sobre futuros projetos para o setor que serão financiados pelo Ministério.
Consumo de Peixe
O investimento deve ir para quatro países africanos e também nações da América Latina. O programa tem o custo de US$ 10 milhões, cerca de R$ 27 milhões.
Segundo a FAO, um dos objetivos da iniciativa é fazer com que o consumo de peixes firme-se como alternativa de ingestão de proteína animal na África. Assim, será possível diversificar a oferta de alimentos e reduzir a pressão sobre recursos naturais, como as florestas.
Já com o novo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, Graziano da Silva discutiu como a FAO e o Brasil podem cooperar para continuar levando a experiência do programa Fome Zero a outras nações, em especial as do eixo Sul-Sul.
Sustentabilidade
O diretor da FAO reuniu-se também com a recém-empossada titular da pasta da Agricultura, Kátia Abreu. Os dois avaliaram a possibilidade de ampliar experiências na África, por meio de projetos de formação de agricultores.
Foi falado ainda sobre o apoio que a FAO pode dar ao Brasil nas áreas de saúde animal, produção sustentável de alimentos e ampliação do programa de recuperação de áreas degradadas.
Na quinta-feira, Graziano da Silva acompanhou a posse da presidente Dilma Rousseff, que iniciou seu segundo mandato. O Brasil ofereceu US$ 17 milhões adicionais para projetos da FAO.
Com os fundos, somados a projetos já em andamento, o financiamento financiados pelo Brasil por meio da agência passou para mais de US$ 100 milhões.
Os projetos incluem programas de merenda escolar, políticas sobre agricultura familiar e serviços de assistência pesqueira na América Latina e na África.