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FAO alerta sobre doença que está matando plantações de banana nanica BR

Bananeira afetada pelo fungo Fusarium nas Filipinas. Foto: FAO/Fasil Dusunceli

FAO alerta sobre doença que está matando plantações de banana nanica

Segundo cientistas, fungo Fusarium está atingindo uma das mais populares variedades de banana; problema causa impactos para a economia e a segurança alimentar de alguns países em desenvolvimento.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informou esta terça-feira ser necessário um esforço global para prevenir a rápida propagação de uma doença mortal para as bananas.

Uma nova estirpe do fungo Fusarium está atacando a variedade mais popular de bananas do mundo: a Cavendish, também conhecida como banana d’água ou nanica.

Ameaça

Segundo a FAO, a doença destrói as bananas, causando impactos econômicos e insegurança alimentar em países em desenvolvimento. A Raça Tropical 4, ou TR4, a doença do fungo Fusarium é considerada a principal ameaça à produção global de bananas.

A TR4 é também conhecida como doença do Panamá e já gerou perdas de US$ 134 milhões aos exportadores de banana da Indonésia. Atualmente, o fungo está afetando 40 mil hectares de bananas na China e 6 mil hectares nas Filipinas.

O Fusarium se espalha rapidamente pelo solo ou pela água. Uma vez que o solo é contaminado, uma plantação afetada pode ficar imprópria para a produção de bananas por até três décadas.

Frentes de ação

A agência da ONU e um grupo de especialistas internacionais acabam de criar um plano para combater o Fusarium.

São três frentes de ação: prevenir surtos, tratar dos casos existentes e reforçar a colaboração internacional entre instituições, pesquisadores, produtores e governos.

A FAO calcula serem necessários US$ 47 milhões para implementar o trabalho, sendo que parte do dinheiro será usada para ajudar países com novos surtos.

O mercado de bananas mundial vale US$ 36 bilhões, segundo a FAO, e é fonte de renda para 400 milhões de pessoas.

O plano para uma nova abordagem de intervenção e de prevenção surge após um caso recente em Moçambique, o que levou a agência a organizar um projeto de emergência para conter o fungo na África.