Perspectiva Global Reportagens Humanas

ONU alerta que 2015 será um ano difícil para operações humanitárias globais BR

Diretor de operações do Ocha, John Ging. Foto: ONU

ONU alerta que 2015 será um ano difícil para operações humanitárias globais

Advertência foi feita pelo diretor de Operações do Ocha; John Ging afirmou que neste mesmo período do ano passado, 52 milhões de pessoas precisavam de ajuda e agora são 76 milhões.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O diretor de operações do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, John Ging, alertou que 2015 vai ser um ano difícil para as missões de ajuda.

Ging afirmou que “houve uma piora muito rápida da situação durante 2014” e o panorama para o ano que vem “é muito triste”.

Profunda Miséria

O diretor do Ocha disse que “durante este mesmo período do ano passado a agência prestava assistência a 52 milhões de pessoas e agora já são 76 milhões”.

Ele explicou que o custo para atender todas essas pessoas subiu de US$ 12,9 bilhões em 2013 para US$ 19,2 bilhões atualmente.

Ging declarou que “os mais pobres afetados pela crise estão perdendo a vida numa escala de milhões”. Ele disse ainda que outras dezenas de milhões de pessoas vivem em profunda miséria e em condições desumanas.

O representante do Ocha disse ainda que essas pessoas dependem da generosidade de outros para sobreviver.

Segundo ele, a comunidade internacional deve trabalhar para acabar com muitos dos conflitos mundiais através de soluções políticas.

Trabalhadores Humanitários

Ging citou também que 2014 foi um ano perigoso para os trabalhadores humanitários, 85 morreram em mais de 230 ataques contra o grupo. Apesar disso, ele afirmou que esses trabalhadores continuam realizando um trabalho heróico, já que não há outra opção.

Ging deu como exemplo a região do Sahel, na África, onde 572 mil crianças morreram no ano passado desnutridas, sofrendo de doenças que podem ser curadas ou evitadas.

Segundo o diretor do Ocha, “existe um nível tão alto de sofrimento em tantos lugares que o mundo parece estar anestesiado com a situação”.