Perspectiva Global Reportagens Humanas

OIT: “desemprego na América Latina e Caribe continuará caindo em 2014” BR

Desmprego nas àreas urbanas deve alcançar 6,3% em 2015. Foto: OIT

OIT: “desemprego na América Latina e Caribe continuará caindo em 2014”

Relatório da agência da ONU diz que resultado foi influenciado pelo bom desempenho do Brasil mas alerta que o índice deve aumentar no ano que vem; impacto da desaceleração econômica começou a ser sentido em vários mercados da região.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, afirmou que o desemprego na América Latina e no Caribe vai continuar caindo em 2014, apesar da desaceleração econômica mundial.

A conclusão consta do relatório “Panorama Laboral da América Latina 2014” lançado pela OIT. O documento diz que o resultado foi influenciado pelo bom desempenho do Brasil que conseguiu reduzir o desemprego de 5,6% para 4,9%.

Alerta

Segundo os especialistas da agência da ONU, o índice de desemprego na região este ano deve ficar em 6,1%, pouco menos do que os 6,2% registrados em 2013. A diretora regional da OIT para a região, Elizabeth Tinoco, disse que isso representa 15 milhões de pessoas sem emprego.

Mas o relatório da OIT alerta que a situação deve mudar no ano que vem. Ele explica que o impacto da desaceleração econômica já começa a ser sentido em vários mercados de trabalho.

O documento cita que a previsão de crescimento para as economias da América Latina e do Caribe, feita pelo Fundo Monetário Internacional, foi revisada para baixo e está agora em 1,3%. Mas o FMI calcula que em 2015, o avanço deve chegar a 2,2%.

A diretora regional da OIT disse que apesar de o desemprego não ter aumentado por causa da baixa economia, houve uma queda brusca na geração de novos postos de trabalho.

Segundo Tinoco, que pelo menos 1 milhão de empregos deixaram de ser criados.

50 Milhões

A OIT calcula que o desemprego nas áreas urbanas na América Latina e no Caribe deve alcançar 6,3% em 2015.

A diretora regional da agência explicou que muitos que estavam fora da força de trabalho em 2014 vão tentar voltar ao mercado no ano que vem. Somando-se a isso, ela disse, estão os jovens que entram todos os anos no mercado de trabalho.

Tinoco declarou que a região terá de criar quase 50 milhões de novos empregos na próxima década simplesmente para absorver o crescimento demográfico.