Remessas de migrantes devem chegar a US$ 436 bilhões em 2014
Citando o Banco Mundial, OIT afirma que expectativa é de que este valor chegue a US$ 540 bilhões em 2016; segundo agência da ONU, educação financeira é útil tanto para migrantes como suas famílias nos países de origem; órgão desenvolveu programas e ferramentas de treinamento.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho, OIT, os fluxos de remessas para países em desenvolvimento estão crescendo de forma constante. Segundo o Banco Mundial, elas devem chegar a US$ 436 bilhões em 2014 e US$ 540 bilhões em 2016.
Estes valores equivalem a cerca de R$ 1,14 trilhão e R$ 1,41 trilhão, respectivamente. Os países que mais recebem remessas são Índia, China, Filipinas, México, Nigéria e Egito. Outros países da África também dependem fortemente de remessas.
Educação Financeira
A OIT criou ferramentas de treinamento em educação financeira, assim como programas para desenvolver conhecimento e habilidades necessárias para fazer um orçamento responsável. Ele inclui gastos, poupança, empréstimo e investimento.
O treinamento foi oferecido em países como Benin, Burkina Fasso, Camboja, Etiópia, Filipinas, Indonésia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Moldávia, Mianmar, Quênia e Senegal.
Também foram organizadas aulas em cooperação com autoridades locais e associações de migrantes, entre outros parceiros, em Cingapura, Malásia, Tailândia, França, Espanha e Itália.
Solidariedade
Segundo representante da área de migração laboral da OIT, Samia Kazi-Aoul, as remessas são “a expressão da solidariedade dos trabalhadores migrantes com suas famílias e comunidades”.
Ela disse ainda que “como fontes financeiras privadas e autônomas que atravessam fronteiras, as remessas podem também ser essenciais em transformar os benefícios da migração laboral em desenvolvimento”.
A representante defendeu igualdade de tratamento e não discriminação para os trabalhadores migrantes.