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ONU calcula que mais 18 milhões são mantidos como trabalhadores forçados BR

Ban Ki-moon. Foto: ONU/Rick Bajornas

ONU calcula que mais 18 milhões são mantidos como trabalhadores forçados

Informação está na mensagem do secretário-geral sobre o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura; data é celebrada nesta terça-feira, 2 de dezembro.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU calcula que existem mais de 18 milhões de pessoas mantidas como trabalhadores forçados.

A afirmação está na mensagem do secretário-geral sobre o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura. A data é celebrada nesta terça-feira, 2 de dezembro.

Escravidão Contemporânea

Na nota, Ban Ki-moon declarou que a cada dia “mulheres são traficadas” e “meninas forçadas a casar, abusadas sexualmente, e exploradas para trabalhos domésticos”. Ele mencionou também que “homens, separados de suas famílias, são mantidos presos em fábricas clandestinas”.

Ban disse que governos, sociedade civil e setor privado devem se unir para erradicar todas as formas contemporâneas de escravidão, incluindo o trabalho forçado.

Prêmio Nobel

O chefe da ONU afirmou que é possível ser otimista. Entre os motivos, ele citou que Kailashi Satyarshi, a quem chamou de “defensor de longa data da causa contra o trabalho forçado de crianças” ganhou o Prêmio Nobel da Paz, junto com Malala Yousafzai.

Ban mencionou ainda a recente Semana para o Fim da Escravatura Infantil e a primeira comemoração do Dia Mundial Contra o Tráfico de Seres Humanos, no dia 30 de julho.

O secretário-geral, porém, afirmou ser “necessário fazer muito mais” e pediu apoio ao Fundo Voluntário da ONU para Formas Atuais de Escravatura.

Ele apelou aos Estados Membros que “ratifiquem e implementem os instrumentos relevantes de direito internacional, em particular o novo Protocolo elaborado pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, que foi concebido para fortalecer os esforços globais para eliminar o trabalho forçado”.