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Conselho de Segurança alarga mandato da ONU na Guiné-Bissau até fevereiro

Conselho de Segurança discute situação da Guiné-Bissau. Foto: ONU/Devra Berkowitz

Conselho de Segurança alarga mandato da ONU na Guiné-Bissau até fevereiro

Órgão aguarda desfecho de avaliação realizada na primeira quinzena de novembro; segundo o representante do secretário-geral país passa por período de grande estabilidade.

Eleutério Guevane,  da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança prolongou, até ao final fevereiro, o mandato do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis.

A extensão por três meses foi decidida, esta terça-feira, enquanto é aguardado o resultado do trabalho de uma missão de avaliação estratégica que esteve no país de língua portuguesa entre 3 a 14 deste mês.

Estabilidade

O representante do secretário-geral na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada justificou a extensão pelo período em declarações à Rádio ONU, em Nova Iorque. Antes da sessão que aprovou o documento, o também chefe da Uniogbis avançou que o país conhece um período de grande estabilidade.

"Aguarda-se que essa missão depois de ultimar o seu relatório será presente ao secretário-geral e depois apresentado no Conselho de Segurança. O órgão deverá discuti-lo no próximo ano, em janeiro. é por isso que viemos cá para discutir essa situação. O mandato vai depender do Conselho de Segurança. É uma extensão técnica para permitir que se realinhe o mandato às prioridades do governo."

Trovoada expressou otimismo em relação a uma mesa redonda com parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau prevista para fevereiro em Bruxelas.

"Neste momento há vontade de trabalhar, há um grande dinamismo e as reformas, nomeadamente no setor da defesa e segurança, começaram a ser feitas mas também noutros setores como da Justiça e da Administração Pública no geral. Portanto, podemos dizer que há um bom clima no geral."

Prioridades

Na mais recente intervenção no órgão, o primeiro-ministro guineense declarou como prioridades a prevenção do ébola, a possível escassez alimentar como efeito das mudanças climáticas e a estabilização.

Domingos Simões Pereira frisou que o desafio permanente é a estabilidade política, tendo pedido aos países que apoiem o reforço das instituições da soberania do país para melhorar a qualidade do diálogo interno.