Unodc: caça ilegal de elefantes permanece em “níveis críticos” em África
Agência da ONU e grupo internacional lançam diretrizes para ajudar combate à atividade; documento aborda orientações para métodos e procedimentos sobre análise de marfim.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Segundo o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, a caça ilegal de elefantes continua em “níveis críticos” em África. A atividade continuaria a “exceder as taxas naturais de crescimento da população” do animal.
A agência afirma ainda que este “crime transnacional crescente” ameaça a segurança nacional, o estado de Direito e o desenvolvimento económico e social.
Diretrizes
O Consórcio Internacional sobre o Combate a Crimes contra a Vida Selvagem, Iccwc, na sigla em inglês, lançou nesta quinta-feira diretrizes sobre métodos e procedimentos para amostragem e análise de laboratório de marfim.
As orientações dão apoio ao envio de tecnologia forense para combater a caça ilegal de elefantes. Liderado pela agência da ONU como integrante do órgão, o documento foi desenvolvido com especialistas de todo o mundo.
Segundo o diretor-executivo do Unodc, Yury Fedotov, a agência acredita que as “orientações vão dar suporte a investigações mais minuciosas, eficazes e rápidas, a resultar em um número maior de processos bem sucedidos e redução deste comércio ilegal”.
Ciência forense
Com o objetivo de ser usado em todo o mundo, o documento é voltado a investigadores, cientistas forenses, promotores, agentes policiais e integrantes do judiciário, entre outros.
O próposito é faciliar o uso da ciência forense para combater crimes contra à vida selvagem, em especial o comércio ilegal de marfim.
Além do Unodc, também fazem parte do grupo internacional a Interpol, o Banco Mundial, a Organização Mundial das Alfândegas, WCO, na sigla em inglês, e a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Selvagens Ameaçadas de Fauna e Flora, Cites, também na sigla em inglês.