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Ban otimista com acordo entre EUA e China para redução de gases poluentes

Ban otimista com acordo entre EUA e China para redução de gases poluentes

Secretário-geral considera a medida uma importante contribuição para o novo acordo climático; Estados Unidos devem baixar emissões entre 26%  e 28% até 2025; China não estipula alvo mas compromete-se a fazer cortes até 2030.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O secretário-geral das Nações Unidas saudou, esta quarta-feira, o anúncio da China e dos Estados Unidos da sua ação sobre as mudanças climáticas no período pós-2020. Para Ban Ki-moon trata-se de uma importante contribuição para o novo acordo climático a ser alcançado em Paris, no próximo ano.

A declaração do presidente norte-americano, Barack Obama, e do chinês, Xi Jinping, foi feita à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia Pacífico, Apec. A nova meta de redução dos Estados Unidos ronda de 26% a 28% até 2025, em comparação com os níveis de 2005.

Acidentes

Já a China não estabeleceu um alvo específico, mas comprometeu-se a cortar as emissões até 2030. Os dois países concordaram, igualmente, em reduzir a possibilidade de acidentes militares no ar e no mar, segundo agências de notícias.

O secretário-geral considerou a medida importante e oportuna ao agradecer aos dois líderes pelo compromisso pessoal de trabalho conjunto para remover obstáculos para um acordo em Paris.

Para Ban, a China e os Estados Unidos demonstraram a liderança que deles se espera. A mensagem realça ainda que a ação das duas maiores economias do mundo dará à uma oportunidade sem precedentes à comunidade internacional para o sucesso no alcance de um acordo significativo universal em 2015.

Ambição

O anúncio prevê o aumento dos níveis de ambição das duas economias ao longo do tempo e o enquadramento das suas ações, reconhecendo a manutenção do aumento da temperatura global abaixo de 2 graus Celsius. Para Ban, a medida sinaliza que está a acelerar a transição para um futuro com baixa emissão de carbono e com um clima resiliente.

O chefe da ONU disse acreditar que com a declaração conjunta foi colocado um alicerce forte e está a ser criada uma dinâmica para um acordo climático significativo em 2015.

Grandes Economias

Como exemplos de ações importantes citou compromissos positivos feitos por governos, empresariado, finanças e líderes da sociedade civil na Cimeira do Clima realizada na sede das Nações Unidas, em setembro.

O apelo a todos os países, lançado especialmente às grandes economias, é que sigam os dois países no anúncio de metas ambiciosas para o pós-2020,  o mais tardar até ao primeiro trimestre do próximo ano.

*Apresentação: Denise Costa.