Conselho de Segurança adotou declaração presidencial condenando as agressões; ataques contra civis aconteceram próximo à cidade de Beni, na República Democrática do Congo.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, anunciou nesta quarta-feira que mais de 200 pessoas foram presas em relação a ataques recentes contra civis.
Mais de 100 pessoas morreram e 20 mil foram deslocadas em agressões de grupos armados desde outubro na área de Beni e arredores.
Conselho de Segurança
Ainda nesta quarta-feira, o Conselho de Segurança adotou uma declaração presidencial que “condena de forma veemente os recentes ataques das Forças Democráticas Aliadas, ADF, no território de Beni, matando brutalmente mais de 100 civis, a maioria mulheres e crianças”.
O órgão também expressou grande preocupação com a falta de avanço do processo de desarmamento voluntário das Forças Democráticas de Libertação de Ruanda, Fdlr.
Ameaças
O Conselho chamou o governo do país, em coordenação com a Monusco, a “imediatamente empreender ação militar contra os líderes e integrantes do Fdlr que não participem no processo de desmobilização e que continuam a cometer violações dos direitos humanos”.
Além disso, o órgão expressou “grave preocupação” com a decisão do governo da RD Congo de expulsar o chefe do Escritório de Direitos Humanos da ONU e com ameaças recentes feitas contra outros funcionários do local.
Falando ao Conselho no mês em passado em Nova Iorque, o representante especial do secretário-geral para o país e chefe da Monusco, Martin Kobler, mencionou a necessidade de uma resposta “proativa, não reativa” no combate aos grupo rebeldes na RD Congo e no aumento da protecção aos civis.
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