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FAO diz que índice de preços dos alimentos mostra sinais de estabilização BR

Índice de preços dos alimentos estável. Foto: FAO

FAO diz que índice de preços dos alimentos mostra sinais de estabilização

Agência da ONU afirmou que colheitas e estoques de grãos e cereais devem bater níveis recordes neste ano; preços do açúcar e de óleos vegetais subiram em outubro.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informou que o índice de preços dos alimentos mostrou sinais de estabilização em outubro.

A agência da ONU disse que as colheitas e os estoques de grãos e cereais devem bater níveis recordes em 2014.

Países Importadores

Segundo a FAO, o índice de alimentos caiu para 192,3 no mês passado, o que significa a sétima queda mensal consecutiva. Os especialistas explicam que a redução foi muito pequena, de apenas 0,2% em relação a setembro.

A economista sênior da FAO, Concepción Calpe, disse que essa pequena redução contínua do índice de alimentos é muito boa para os países que importam comida.

Os produtos derivados do leite registraram uma queda de 1,9%. Isso ocorreu pelo aumento da oferta de manteiga e leite na Europa causada pela proibição da importação de queijo pela Rússia.

Os preços das carnes, no geral, caíram 1,1% devido ao aumento da criação de porcos em vários países e de gado, na Austrália.

Em relação aos grãos, a produção de trigo e milho no mundo, que deve bater recorde neste ano, se mostrou estável principalmente pelo atraso na colheita nos Estados Unidos e da piora das previsões na Austrália.

“Commodities”

Segundo a FAO, o índice de preços dos alimentos consiste de um grupo de cinco commodities, que são: grãos, carnes, produtos derivados do leite, óleos vegetais e açúcar.

A seca em certas regiões do Brasil causou um aumento de 4,2% nos preços do açúcar. Calcula-se que a safra de cana de açúcar deste ano seja menor do que a esperada.

Apesar do aumento, a FAO diz que os preços internacionais do produto estão 10% abaixo do que foi registrado em outubro do ano passado.

Os óleos vegetais também sofreram uma alta de 1% em relação a setembro.