Produção centro-africana caiu para cerca de metade dos patamares pré-conflito
Estudo indica que prestação da agricultura está 58% aquém da média do período entre 2008 e 2012; atividade agrícola é considerada a principal da economia da República Centro-Africana.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A agricultura centro-africana registou uma contração de 46% em 2013, segundo uma avaliação de agências das Nações Unidas.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e o Programa Mundial de Alimentação, PMA, estimam que foram produzidas 763 mil toneladas de cereais básicos e mandioca.
Colheita
A Avaliação de Segurança Alimentar sublinha que o resultado é 11% maior do que colheita do ano passado e 58% mais baixo do que a média de 2008 e 2012, período anterior à crise.
Em relatos mais recentes, as Nações Unidas apontaram para mais de 4 mil deslocados devido aos confrontos entre milícias rivais registados desde o início deste mês na capital Bangui.
Culturas
A agricultura é considerada a espinha dorsal da economia da República Centro-Africana. O estudo chama a atenção para o efeito elevado dos saques generalizados e da insegurança sobre as culturas, o gado e a pesca.
Além de minar a capacidade da população garantir alimentos suficientes, a situação levou a deslocamentos massivos. Centenas de milhares de pessoas optaram por atravessar as fronteiras.
A FAO distribuiu sementes e ferramentas a mais de 111 mil famílias antes da época de plantio. Já o PMA fez a entrega de ajuda alimentar para proteger as reservas de sementes.