Portugal eleito para o Conselho de Direitos Humanos da ONU
País recebeu 184 votos durante votação na Assembleia Geral; outras 14 nações também vão ocupar uma cadeira no órgão em Genebra, incluindo Bolívia, Gana, Índia e Holanda.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Com 184 votos, Portugal foi eleito esta terça-feira para integrar o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. A votação ocorreu na Assembleia Geral, em Nova York.
O país concorria pelo grupo E, das nações da Europa Ocidental, e duas cadeiras estavam disponíveis para países do bloco.
Holanda
O presidente da Assembleia Geral, Sam Kutesa, anunciou o resultado da votação. Além de Portugal, Holanda também foi eleita, com 172 votos.
Após a votação, a Rádio ONU ouviu o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, que explicou qual será a prioridade do país no órgão.
“Terrorismo internacional é uma das grandes preocupações em que a violação dos direitos humanos é flagrante. Hoje é particularmente grave com as questões do Isis e com os conflitos que se registram em África também. E portanto há muito trabalho a fazer. Nós estamos muito entusiasmados e confiantes que conseguiremos dar uma contribuição positiva, embora obviamente tem de ser um esforço de equipe, de todo o Conselho de Direitos Humanos e não apenas um ato isolado de um país.”
No total, 15 cadeiras estavam disponíveis para países de todas as regiões, e os eleitos vão ocupar o Conselho de Direitos Humanos durante três anos. No grupo A, da África, foram eleitos Botsuana, Congo, Gana e Nigéria.
América Latina
Para Ásia-Pacífico, eram quatro cadeiras disponíveis, que ficaram com Bangladesh, Catar, Índia e Indonésia. Representando o leste-europeu estão Albânia e Letônia. No grupo das nações latino-americanas, foram eleitos Bolívia, El Salvador e Paraguai.
O Conselho de Direitos Humanos tem sede em Genebra e é formado por 47 Estados-membros. O Brasil serve o órgão desde 2013 e seu mandato termina em dezembro de 2015.
A principal função do Conselho é promover os direitos humanos no mundo, apontar violações e fazer recomendações aos países.