Doenças relacionadas ao tabaco causam 6 milhões de mortes ao ano
Sexta sessão da Conferência das Partes para a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco termina neste sábado, em Moscou; em entrevista à Rádio ONU, consultora da OMS afirma que houve “avanços profundos” na área.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
As doenças relacionadas ao tabaco causam 6 milhões de mortes ao ano em todo o mundo. A informação foi dada pela consultora da Organização Mundial da Saúde, OMS, Stella Bialous.
A especialista falou à Rádio ONU, de Moscou, onde acontece até sábado a 6ª Sessão da Conferência das Partes para a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.
Globalização
O tratado foi adotado em 2003 e entrou em vigor em 2005.
“Foi o primeiro tratado das Nações Unidas negociado pela Organização Mundial da Saúde. [A adoção] foi motivada por um aumento muito significativo, muito grande, no número de mortes no mundo por doenças relacionadas ao tabaco. Hoje em dia são 6 milhões de mortes ao ano ao redor do mundo e um aumento muito grande da penetração da indústria do tabaco em países de rendas média e baixa. Então, se chegou à conclusão que com a globalização precisava-se também de uma medida globalizada para combater essa epidemia.”
Segundo a especialista, desde sua implementação, há quase dez anos, houve “avanços profundos” na área. Stella Bialous afirmou que esta é “uma Convenção das Nações Unidas com número maior e mais rápido de adesões, com quase 180 países”.
Medidas
“E a gente vê que vários países que implementaram várias das medidas estão começando a observar uma queda da prevalência de fumo, sobretudo, entre as populações mais jovens. A gente pode citar, por exemplo, o próprio Brasil, a Austrália, a Turquia, países que estão fazendo grandes avanços implementando estas medidas, como espaços livres de fumo, como restrição ou proibição de propaganda, e outras medidas a mais.”
A consultora da OMS afirmou ainda que o “aumento de impostos e preços é uma das formas mais efetivas para reduzir o consumo”. Ela declarou ainda que na conferência, as partes continuam discutindo uma série de outras medidas, entre elas, o apoio a agricultores que “quiserem trocar da fumicultura para outras alternativas sustentáveis.”
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