Primeiro-ministro da Guiné-Bissau discursa nesta segunda-feira na ONU
Em entrevista à Rádio ONU antes de falar à Assembleia Geral, Domingos Simões Pereira mencionou acordo do país com o FMI e disse esperar que o órgão reconheça as medidas do governo para reavivar a economia.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau discursa na Assembleia Geral da Nações Unidas na manhã desta segunda-feira, em Nova Iorque.
Em entrevista à Rádio ONU antes de assumir a tribuna, Domingos Simões Pereira falou sobre uma promessa de acordo alcançada recentemente com o Fundo Monetário Internacional, FMI.
Reformas
“A indicação que eu tenho é de que o programa de crédito rápido é mobilizável em muitos poucos meses. Mas eu devo aqui dizer que a nossa expetativa em relação ao FMI não é em relação ao montante que o FMI porá à disposição da Guiné-Bissau. O que nós esperamos do FMI é que depois da revisão à que se submeteu todas as medidas que o novo governo está a implementar, que o FMI seja capaz de assinalar que há progressos a serem registados nas reformas que nós estamos a implementar”.
Entre 15 e 24 de setembro, representantes do Fundo estiveram no país e chegaram a um acordo com as autoridades da Guiné-Bissau sobre um programa que poderá ser apoiado pelo Instrumento de Crédito Rápido, RCF, na sigla em inglês.
Países de Língua Portuguesa
Segundo o FMI, o RCF é “um acordo de empréstimo que oferece apoio financeiro rápido para países de baixa renda que enfrentam necessidades financeiras urgentes”.
O atual governo da Guiné-Bissau é o primeiro eleito democraticamente desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
Além da Guiné-Bissau, um outro país de língua portuguesa deve discursar nesta segunda-feira na Assembleia Geral: Angola. Mais duas nações encerram a lista de debates de líderes internacionais: São Tomé e Príncipe, e Cabo Verde, que discursa na terça-feira, último dia do encontro anual.