Na ONU, presidente palestino acusa Israel de “falhar no teste da paz”
Mahmoud Abbas discursou na Assembleia Geral da ONU, nesta sexta-feira, e disse que o país “escolheu uma guerra de genocídio contra o povo palestino”; primeiro-ministro de Israel deve assumir a tribuna na segunda-feira para discursar nos debates de líderes internacionais.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, falou à Assembleia Geral das Nações Unidas que a “hora da independência do Estado da Palestina chegou”.
Em seu discurso, nesta sexta-feira, ele afirmou que “há uma ocupação que deve terminar agora” e “um povo que deve ser libertado imediatamente”.
Gaza
Abbas declarou que “neste ano, proclamado pela Assembleia Geral da ONU como Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino”, Israel “escolheu fazer uma nova guerra de genocídio contra o povo palestino”.
Segundo agências de notícias, a decisão israelense de atacar a Faixa de Gaza ocorreu após o assassinato de três adolescentes na Cisjordânia. Eles foram sequestrados e mortos em junho.
Na ONU, Abbas disse que a “última guerra contra Gaza” foi uma “série de crimes que aconteceu diante dos olhos e ouvidos de todo o mundo”.
O líder afirmou que os palestinos “não vão esquecer, nem perdoar” e que os palestinos têm direito legítimo de se defender “contra a máquina de guerra israelense”. Ao mesmo tempo, Abbas declarou que os palestinos vão sempre manter “respeito e compromisso com a lei internacional”.
Solidariedade
O presidente palestino afirmou que “o governo israelense mais uma vez falhou no teste da paz”.
Ele declarou ser “impossível voltar ao ciclo de negociações que fracassou em lidar com a questão fundamental”.
Abbas disse ainda que todas as manisfestações de solidariedade “em apoio à liberdade para a Palestina constituíram mensagem importante aos que estavam enfrentando genocídio em Gaza, ajudando com que eles sentissem que não estavam sozinhos”.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve ocupar a tribuna da Assembleia Geral para representar o país nos debates de líderes internacionais.