Para Portugal, líderes religiosos têm que ajudar a combater extremismo
Ministro dos Negócios Estrangeiros diz à Rádio ONU que enfrentamento a terroristas não pode ser visto como “movimento do Ocidente contra o Oriente”, mas sim uma ação de povos civilizados contra quem não respeita a dignidade.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Líderes religiosos de países islâmicos, e muçulmanos em geral devem juntar-se à comunidade internacional para enfrentar o extremismo. A declaração é do chefe da diplomacia de Portugal, ministro Rui Machete.
Em entrevista à Rádio ONU, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que mais do que desaprovar as atrocidades cometidas por terroristas, é preciso “desautorizar” os crimes de grupos como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Troca de Informações
O tema do terrorismo de combatentes estrangeiros foi debatido no Conselho de Segurança esta quarta-feira. O órgão adotou uma resolução condenando o extremismo e pedindo aos países que colaborem com troca de informações para evitar o aumento da rede terrorista pelo mundo.
“É muito importante ter a colaboração dos países muçulmanos e dos muçulmanos em geral, das autoridades religiosas, para desautorizar. Para as pessoas perceberem que esta ação da Isis é profundamente ilegítima mesmo numa perspectiva religiosa. Mas para além de estarem contra é preciso manifestar essa desautorização e sobretudo através das lideranças religiosas. Para que isso não apareça como uma espécie de movimento do Ocidente contra o Oriente. É um movimento dos povos civilizados e das pessoas que respeitam a dignidade humana e contra aqueles que desrespeitam e são verdadeiramente criminosíssimos.”
Portugal e Moçambique
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, está em Nova York para participar dos debates de líderes internacionais na Assembleia Geral.
O país discursa no fim da tarde deste sábado logo depois de uma outra nação de língua portuguesa: Moçambique.
Nesta quinta-feira, o ministro Rui Machete participa de uma reunião sobre a Líbia e concede entrevista ao vivo à emissora parceira da Rádio ONU, o canal português de notícias TVI 24.