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Ban promete lutar contra marginalização e exclusão de povos indígenas BR

Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas. Foto: ONU/Mark Garten

Ban promete lutar contra marginalização e exclusão de povos indígenas

Em primeira Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas, aberta nesta segunda-feira, secretário-geral diz que povos são importantes para os debates sobre desenvolvimento global.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que “os povos indígenas estão no centro dos debates sobre direitos humanos e desenvolvimento global”.

A declaração foi feita na abertura da primeira Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas, esta segunda-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova York.

Agenda Global

Ban disse que os povos indígenas estão preocupados com os assuntos mais importantes da agenda global. Ele explicou que os índios estão profundamente conectados à “Mãe Terra”, cujo futuro é a questão central da Cimeira do Clima, que começa nesta terça-feira.

O chefe da ONU afirmou que as deliberações e as decisões tomadas nesta conferência vão refletir por toda a comunidade internacional com efeitos concretos sobre os povos indígenas.

Para Ban, o sucesso deste encontro é fundamental para o progresso de toda a humanidade.

Preocupações

O secretário-geral contou que se reuniu com vários líderes indígenas por todo o mundo para conhecer suas preocupações e suas experiências. Ele citou viagem à Bolívia, país que fez avanços em relação aos direitos dessa minoria.

Ban disse que entre as principais preocupações estão a posse de terra, os recursos e os direitos do grupo. Ele prometeu lutar contra a exclusão e a marginalização que esses povos enfrentam.

Segundo a ONU, existem 370 milhões de indígenas de mais de 5 mil comunidades espalhados por 90 países. Eles representam 5% da população global.

Ban lembrou que a Assembleia Geral adotou a Declarações sobre os Direitos dos Povos Indígenas durante seu primeiro ano como secretário-geral. O documento estipula os padrões mínimos para a sobrevivência, dignidade e bem estar dessas comunidades.

Leis e Constituições

O chefe das Nações Unidas disse que “mais e mais países estão refletindo esses princípios em suas leis e constituições”.

Ele afirmou que as agências da ONU também desenvolveram políticas específicas para cuidar dos indígenas.

Ban afirmou que “é importante conseguir promessas dos governos, mas que é mais importante ver ações”.

Por isso, o secretário-geral espera que a declaração final da conferência contenha compromissos que possam fazer a “ponte” entre promessas e resultados.

Ele afirmou que a ONU fará tudo o que for possível para apoiar os povos indígenas.