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ONU condena ataque que matou cinco capacetes-azuis no Mali

Ataque ocorreu em Kidal, a norte. Foto: Minusma

ONU condena ataque que matou cinco capacetes-azuis no Mali

Conselho de Segurança pede investigação e que os responsáveis sejam levados à justiça; secretário-geral exige fim do tipo de ações contra as Nações Unidas; desde julho do ano passado, 21 soldados de paz perderam a vida devido à explosão de dispositivos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.* 

Os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança condenaram “nos termos mais fortes” o ataque que matou cincos soldados de paz da Missão das Nações Unidas no Mali, Minusma.

Três capacetes-azuis ficaram gravemente feridos após a explosão de um dispositivo, esta quinta-feira. O incidente ocorreu na estrada entre Aguelhok e Tessalit na província de Kidal, no norte do país. Todas as vítimas são de nacionalidade chadiana.

Incidentes 

As Nações Unidas referem que o último ataque elevou para 21 o total das forças de paz mortas em incidentes similares desde o início da missão em 1 de julho de 2013. No mesmo período houve 84 feridos.

O secretário-geral reagiu ao ataque com um apelo aos grupos armados malianos, reunidos em Argel, para que tomem medidas imediatas sobre a declaração que prevê a colaboração com a Minusma.

Ban Ki-moon citou o compromisso alcançado a 16 de setembro, ao exigir a cessação imediata dos contínuos ataques contra as Nações Unidas. O responsável prestou solidariedade às famílias da vítimas e ao Chade, ao reiterar o empenho da ONU em apoiar o povo maliano na busca da paz.

Forças Francesas 

O norte do Mali foi controlado por rebeldes tuaregues depois do golpe de Estado ocorrido em princípios de 2012. As Nações Unidas tentam estabilizar a área, onde também estão presentes tropas francesas.

Os membros do Conselho de Segurança reiteraram o seu total apoio às forças da Minusma e da França. Ao governo do Mali, pediram uma rápida investigação do ataque e que os responsáveis sejam levados à justiça.

Os Estados-membros do órgão reafirmaram a necessidade de combater as ameaças à paz e à segurança internacionais causadas por atos terroristas.

*Apresentação: Denise Costa.