Rosa Kornfeld-Matte é especialista independente da ONU para os direitos das pessoas idosas; para marcar o Dia Mundial do Alzheimer, ela pede fim do estigma, da discriminação e da negligência.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Uma especialista das Nações Unidas está pedindo aos países que façam mais para proteger idosos com demência do estigma, da discriminação e da negligência.
A mensagem de Rosa Kornfeld-Matte antecede o Dia Mundial do Alzheimer, assinalado no domingo, 21 de setembro. Ela é relatora independente para os direitos das pessoas idosas.
Responsabilidade
São 35,6 milhões de pessoas no mundo com demência e este total pode triplicar até 2050.
Segundo a especialista, “toda a sociedade é responsável pelo bem-estar dos mais velhos com demência e deve encontrar soluções abrangentes” para o problema.
Rosa Kornfeld-Matte destaca que a demência não deve ser considerada uma etapa normal no processo de envelhecimento, por ser uma doença resultante de vários fatores.
Plano de Ação
A relatora da ONU pede aos países que aumentem a conscientização sobre a demência e que adotem uma medida para proteger os direitos e a dignidade dos idosos com a doença.
De acordo com Rosa Kornfeld-Matte, quem sofre de Alzheimer ou outras formas de demência enfrenta violações dos direitos humanos, discriminação e abusos.
Pela falta de autonomia, essas pessoas vão perdendo aos poucos seus direitos políticos, civis, econômicos, sociais e culturais, destacou a relatora.
Kornfeld-Matte quer ação dos países para garantir aos idosos com demência participação na vida pública, com apoio técnico e humano para facilitar a vida dos pacientes.