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Na ONU, líderes religiosos discutem fé e saúde sexual BR

Apoio ao direito à saude sexual e reprodutiva. Foto: Unfpa/Andrew Cullen

Na ONU, líderes religiosos discutem fé e saúde sexual

Encontro promove direitos reprodutivos e inclusão do tema na agenda pós-2015, sobre o desenvolvimento sustentável; representantes de várias religiões e devem pedir apoio da comunidade internacional.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Uma consulta global sobre fé e saúde reprodutiva está sendo realizada na sede das Nações Unidas, em Nova York, nesta quinta e sexta-feiras. Representantes das religiões budista, católica, cristã, islâmica e judaica e de entidades de teologia participam da reunião.

Os líderes religiosos devem demonstrar apoio ao direito humano à saúde sexual e reprodutiva e pedir também à comunidade internacional para que o tema seja incluído na agenda pós-2015, um conjunto de metas globais sobre desenvolvimento sustentável.

Parcerias

A reunião é organizada pelo Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa. Em entrevista à Rádio ONU, o especialista do fundo, Elizeu Chaves, falou sobre a importância de se firmar parcerias com instituições religiosas.

“Acho que esse que é o desafio, a gente tem que trabalhar com instituições que chegam às pessoas, como igrejas, instituições religiosas, e a fé é um elemento essencial da vida. Mas é importante também trabalhar com elas como parceiras e ao mesmo tempo assegurar que exista acesso à informação e à saúde como um direito individual que não deve ser negligenciado. Independentemente de crença, ninguém obviamente é a favor da violência, da violência contra a mulher, doméstica, só para citar um dentre vários exemplos. Então existem várias possibilidades de trabalho em conjunto que devem ser exploradas.”

Aids e Gravidez

Além da prevenção da violência de gênero, outros temas abordados no encontro são educação sexual, prevenção da Aids, segurança na hora do parto, planejamento da gravidez e respeito ao corpo humano.

Ao final do encontro, no início da noite de sexta-feira, os representantes religiosos vão divulgar um comunicado pedindo às Nações Unidas e aos governos que garantam que os direitos reprodutivos tenham papel central na nova agenda de desenvolvimento global.