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Curitiba citada em relatório sobre crescimento econômico e clima BR

Felipe Calderón (esq.) e Ban Ki-moon com relatório conduzido pela Comissão Global sobre Economia e Clima. Foto: ONU/Evan Schneider

Curitiba citada em relatório sobre crescimento econômico e clima

Estudo divulgado na ONU defende escolhas inteligentes para criação empregos e redução a pobreza e, ao mesmo tempo, diminuir as pegadas de carbono; iniciativas da capital do Paraná são exemplos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Um novo relatório divulgado pelas Nações Unidas argumenta que grandes mudanças estruturais e tecnológicas estão contribuindo para a diminuição das emissões de carbono e ao mesmo tempo, para o crescimento econômico.

O ex-presidente do México apresentou o estudo na sede da ONU, em Nova York, na terça-feira. Felipe Calderón defendeu ser possível criar empregos e reduzir a pobreza juntamente com a redução dos gases que causam o efeito estufa.

Combustível

O relatório cita que a energia eólica foi uma das fontes mais baratas de energias renováveis em leilões realizados no Brasil. Já a cidade de Curitiba, no Paraná, é mencionada por consumir 30% a menos de combustível na comparação com a média do país.

Curitiba também é elogiada por ter ciclovias, faixas de pedestres e policiamento adequado, que juntos, contribuíram para que a cidade tenha um dos menores índices de acidentes do Brasil. Os habitantes da capital paranaense gastam cerca de 10% de sua renda com transporte, o que representa uma das menores taxas do país.

Escolha

Outras cidades que ganharam atenção do estudo são Atlanta, Barcelona, e Oregon.

O relatório “Melhor Crescimento, Melhor Clima: A Nova Economia Climática” rejeita a ideia de que o mundo precisa escolher entre combater a mudança climática ou manter o crescimento econômico.

Para o secretário-geral da ONU, o levantamento vem num momento oportuno. Ban Ki-moon afirmou ser preciso administrar riscos para que se alcance o progresso sustentável e por isso ele defende uma transformação estrutural na economia global.

Nos próximos 15 anos, serão necessários US$ 90 trilhões, ou R$ 212 trilhões, de investimentos nas infraestruturas de cidades e nos sistemas de agricultura e energia. O estudo diz ser uma oportunidade sem precedentes para se investir no crescimento de baixo carbono e gerar empregos.

O relatório foi conduzido pela Comissão Global sobre Economia e Clima, liderada por Felipe Calderón, com a participação de líderes de governos, de empresas e de finanças de 19 países, incluindo a ex-primeira-ministra de Moçambique, Luísa Diogo.