Agências da ONU levam ajuda a milhões afetados por crise no Iraque
Cerca de 1,8 milhão de passoas foram deslocadas desde janeiro deste ano; quase metade são crianças; Unicef lançou pesquisa sobre mutilação genital feminina na região autônoma do Curdistão.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Apesar da violência e deslocamentos no Iraque, agências da ONU e parceiros estão respondendo à atual crise humanitária com ações em todo o país.
A informação é do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha.
Emergência
O país está enfrentando uma emergência crescente com até 1,8 milhão de iraquianos deslocados desde o início deste ano. Segundo o Ocha, a população em risco precisa de abrigo, proteção e assistência humanitária básica.
Agências da ONU têm distribuido ajuda de emergência em todo o país, complementando as ações de autoridades locais e em cooperação com organizações não-governamentais iraquianas e internacionais.
Mutilação Genital
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, junto com parceiros que incluem o governo regional autônomo do Curdistão lançou a primeira pesquisa sobre as causas da mutilação genital feminina na região. Ela incluiu 827 famílias nas províncias de Erbil e Sulimaniyeh.
Segundo o Unicef, a prática permace uma preocupação no norte do Iraque, mas sua incidência está em queda.
Resultados da pesquisa revelam que os índices de mutilação entre mulheres na região aumenta com a idade. Isto indicaria que número menor de meninas das gerações mais novas foram sujeitas à prática.
De acordo com o representante do Fundo no Iraque, Marzio Babille, acabar com a mutilação genital feminina em todo o mundo “é central ao mandato do Unicef de eliminar a violência contra meninas e confrontar desigualdades de gênero”.