ECA quer mais ação de agricultores contra conflitos de terras em África
Encontro para discutir política da União Africana juntou produtores continentais e regionais em Adis Abeba; estudo aponta para despejos forçados e atrocidades devido ao tipo de disputa em vários países.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Comissão Económica para África, ECA, reafirmou a importância de envolver organizações de agricultores para garantir que seja melhorado o ambiente da política fundiária do continente.
Ao apoiar uma plataforma de diálogo de agricultores sobre a política de terras da União Africana, o órgão considera que é “a resposta adequada para o seu envolvimento sistemático para cumprir a agenda sobre a terra”.
Região
As declarações foram feitas pelo diretor da Divisão de Integração Regional e Comércio do ECA. Stephen Karingi falava numa reunião de representantes de organizações de agricultores continentais e regionais, que decorreu até esta sexta-feira, em Adis Abeba.
Um estudo apoiado pelo órgão destaca que em vários países, os conflitos levaram a despejos forçados e a atrocidades que incluem genocídio envolvendo indivíduos não-combatentes como mulheres e crianças.
Desafios
Além do ECA, a política africana de terras envolve a Comissão da União Africana e o Banco Africano de Desenvolvimento, BAD.
Na ocasião, o vice-presidente da Organização Pan-Africana de Agricultores, Philip Kiriro, disse que os desafios relacionados com a terra continuam a dificultar os investimentos. Os pequenos produtores são tidos como as principais vítimas no processo de transformação da agricultura africana.
Declaração
O encontro resultou num documento de síntese que pretende orientar as parcerias e angariar recursos para apoiar o envolvimento dos agricultores na implementação da Declaração da UA sobre a Terra.
A Iniciativa de Política da Terra pretende facilitar a implementação da Declaração da UA sobre Questões de Terra e Desafios no continente.