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ECA: pequenas ilhas africanas podem ser bons exemplos em mudanças climáticas

Desenvolvimento económico nas pequenas ilhas. Foto: FAO

ECA: pequenas ilhas africanas podem ser bons exemplos em mudanças climáticas

Comissão realça  “grandes avanços” das autoridades da Cidade da Praia em documento que também destaca Guiné-Bissau; 3ª Conferência Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento termina esta quinta-feira, em Samoa.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Os esforços dos pequenos Estados insulares africanos para abordar a questão das mudanças climáticas, podem servir de bons exemplos para outros países em desenvolvimento que enfrentam desafios semelhantes.

A afirmação é da Comissão Económica das Nações Unidas para África, ECA, que menciona Cabo Verde e Guiné-Bissau.

Conferência

No âmbito da 3ª Conferência Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, em Samoa, a ECA afirmou que Cabo Verde está a fazer “grandes avanços” tanto no desenvolvimento económico quanto na questão das mudanças climáticas.

O país deixou de fazer parte do grupo dos menos desenvolvidos em 1997, em parte, graças à transformação na sua indústria turística.

No entanto, as mudanças climáticas podem desacelerar o processo de desenvolvimento do arquipélago. O Estado é vulnerável a impactos que vão de cheias a secas, no que afeta o abastecimento de água para habitações e para a agricultura.

A comissão menciona que o país utiliza combustíveis fósseis importados, mas, desenvolveu uma estratégia de energia renovável “ambiciosa”, com objetivo de obter metade da sua energia de fontes renováveis até 2020.

Guiné Bissau

A Guiné-Bissau é considerada altamente vulnerável às inundações, às secas e ao aumento do nível do mar.

A  ECA destacou ainda a salinização como a maior preocupação para o país. Foram citados os impactos significativos na agricultura, que garante a subsistência a mais de metade dos guineenses e contribui de forma significativa para o Produto Interno Bruto.

A comissão afirma que, apesar de estarem em estágios diferentes no processo de desenvolvimento, tanto Cabo Verde quanto a Guiné-Bissau estão a abordar os impactos das mudanças climáticas e continuam a promover o desenvolvimento sustentável.

*Apresentação: Denise Costa.