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ONU espera mais de 300 parcerias em apoio aos Estados insulares

UN Photo/D. Dickinson
Bandeiras da ONU e de Samoa içadas em Apia. Foto:

ONU espera mais de 300 parcerias em apoio aos Estados insulares

Em Samoa, Nações Unidas defendem maior colaboração para os pequenos  países-ilha; expectativa de Cabo Verde é que mundo possa interiorizar soluções; secretário-geral abre a maior reunião do género no Pacífico, nesta segunda-feira.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

As Nações Unidas revelaram a expectativa de ver mais de 300 parcerias seladas com a 3ª Conferência Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, com a sigla em inglês Sids.

O evento decorre na ilha de Samoa, a partir desta segunda-feira, sob o lema “Uma Parceria Verdadeira e Durável”.

Populações Locais 

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon dirige a conferência e vai acompanhar o impacto do clima extremo nas populações locais além de ver como Samoa lida com esses desafios.

Cabo Verde participa na reunião que inclui uma série de fóruns e pré-conferências de jovens, do setor privado e da sociedade civil.

Meios Técnicos 

Nesta entrevista à Rádio ONU, nas vésperas da conferência, o embaixador cabo-verdiano junto às Nações Unidas pediu meios técnicos ao mundo para apoiar os Sids.

Fernando Wahnon Ferreira alertou para a necessidade de enfrentar as catástrofes e se adotarem políticas preventivas.

“A comunidade internacional já conhece o problema. Mas o que importa é ir um pouco além de conhece-lo e interiorizar a forma como resolver os problemas. Os Estados insulares têm dificuldades de mercado, de crescimento do seu setor privado e relativamente à infraestruturação do país. Com a falta de apoio da comunidade internacional muito rapidamente podem atingir níveis elevados da dívida pública e têm também um problema que é a sua exposição às catástrofes naturais.”

Sustentabilidade

Wahnon Ferreira explicou porque deve ser dada uma atenção particular ao impacto das mudanças climáticas e da sustentabilidade para os Sids.

“Solidariedade é uma questão que me parece muito importante. Para alguns, embora possam tomar consciência nessas necessidades, traduz-se para muita gente que ainda não conhece e ainda não está sensibilizada talvez num ar mais limpo para respirar. Mas para alguns dos Estados insulares traduz-se numa questão de sobrevivência. Podem deixar de ter terra e estar no mar. Podem desaparecer engolidos pelo mar.”

Mudanças 

No evento, o secretário-geral também deve avançar para a Cimeira de Alto Nível sobre mudança climática a ser realizada em Nova Iorque em finais de setembro.

As Nações Unidas esperam que em Apia decorram mais de 120 eventos paralelos que possam estimular mais colaborações.

Antes da abertura oficial da reunião, as bandeiras da ONU e de Samoa foram levantadas sobre o local que vai acolher a que é considerada a maior conferência do tipo realizada  na região do Pacífico.