Confrontos militares aumentam na Líbia e ONU pede cessar-fogo
Missão das Nações Unidas no país condena grave escalada da violência na capital, Trípoli; Unsmil denunciou bombardeamentos em áreas residenciais que resultaram na morte de civis.
Edgard Júnior, da Radio ONU em Nova Iorque.
A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia condenou esta segunda-feira a escalada dos confrontos militares ocorridos em Trípoli e nos arredores da capital do país.
A ONU apelou ao cessar-fogo imediato e a todas as partes envolvidas na crise que cooperem com os esforços para “pôr fim ao banho de sangue e evitar mais mortes”.
Imparcialidade
A Unsmil informou que vai continuar com os esforços num espírito de imparcialidade e transparência, e para garantir os interesses nacionais líbios.
A Missão da ONU denunciou os bombardeamentos de áreas residenciais, que causaram mortes de civis e forçaram a fuga de moradores da região.
A Unsmil lamentou a falta de resposta aos apelos internacionais e aos próprios esforços da missão para um cessar-fogo. As autoridades alertam que os contínuos confrontos representam uma ameaça ao processo político, à segurança e à estabilidade da Líbia.
Ajuda Humanitária
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, informou que enviou durante o fim de semana dois comboios com ajuda humanitária para a Líbia.
A piora da situação de segurança no país tem dificultado as operações da agência em Trípoli e Benghazi desde julho.
Segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, pelo menos 2 milhões de pessoas correm risco de não ter mais comida se os conflitos continuarem.