Após um ano na RD Congo, general brasileiro fala sobre avanços da missão

Carlos Alberto dos Santos Cruz participou de reunião no Conselho de Segurança sobre a situação no país africano; à Rádio ONU, ele disse que o grupo rebelde M23 foi vencido e que já começou a ser desarmado.

Edgard Júnior, da Radio ONU em Nova York.

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, comandante da Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo falou à Rádio ONU sobre seu primeiro ano no país africano.

Segundo Santos Cruz, a Monusco está dedicada a proteger a população civil. Ele fez a declaração após participar nesta quinta-feira de um debate no Conselho de Segurança.

Ação Conjunta

O general brasileiro lembrou que apesar de alguns desafios, os avanços são visíveis no processo de desarmamento de vários grupos incluindo o movimento rebelde M23.

“Neste momento as forças armadas do Congo estão terminando as ações contra um dos grupos mais difíceis que nós temos lá, ADF. O grupo da Fdlr, é também um grupo com grande expressão na política regional. Esse grupo está num processo voluntário de desarmamento. Nós estamos também em ação conjunta com as Forças Armadas do Congo contra outros grupos armados menores. Uma rotina muito difícil mas nós estamos dedicados a proteger os civis.”

O general, que completou um ano no cargo em junho, citou a vitória sobre o grupo rebelde M23.

Santos Cruz disse que a Monusco apoiou o exército da RD Congo na luta contra outro grupo rebelde importante, o ADF.

Desafios

Apesar dos avanços, Santos Cruz disse que ainda existem uma infinidade de desafios a serem enfrentados porque há mais de 30 grupos armados em ação no país.

Segundo ele, ainda não é possível fazer uma previsão para o fim da violência mas ele destacou que foi um ano de “muitas realizações positivas.”