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Conselho de Segurança adota declaração presidencial sobre cessar-fogo BR

Prédios de Gaza após operações militares

Conselho de Segurança adota declaração presidencial sobre cessar-fogo

Embaixador de Ruanda, que ocupa a presidência rotativa do órgão, leu documento pedindo respeito integral às leis humanitárias, implementação da trégua e solução de dois Estados vivendo lado a lado pacificamente.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança adotou nos primeiros minutos desta segunda-feira uma declaração presidencial pedindo a implementação de um cessar-fogo imediato e incondicional entre Israel e a Faixa de Gaza.

O encontro de emergência foi anunciado no final da noite de domingo, em Nova York, para debater a situação de violência no Oriente Médio.

Piora

O presidente rotativo do Conselho, o embaixador de Ruanda, Eugene- Richard Gasana, leu a declaração adotada pelo órgão.

Gasana disse que o órgão da ONU apoia fortemente a implementação de um cessar-fogo humanitário imediato e incondicional.

O embaixador ruandês afirmou ainda que o Conselho de Segurança expressa “grande preocupação” com a piora da situação em Gaza e com a morte e ferimentos de civis. Gasana disse que os lados do conflito precisam tomar as medidas necessárias para proteger os civis.

Unrwa

A declaração presidencial lembrou que a vida dos civis e dos trabalhadores humanitários tem que ser respeitada. O documento elogiou ainda o trabalho da Agência de Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa, e de outras entidades humanitárias na região.

O presidente do Conselho de Segurança disse que os dois lados têm que produzir uma solução pacífica de dois Estados: Israel e Palestina vivendo lado a lado e pacificamente.

De acordo com agências de notícias, um cessar-fogo de 24 horas teria sido desrespeitado pelo movimento islâmico Hamas que acusa Israel de não cumprir a trégua, renovada neste domingo, após o lançamento inicial de uma pausa humanitária de 12 horas no sábado.

Início

Mais de 1030 palestinos morreram, a maioria civis, e 43 soldados israelenses além de dois civis perderam a vida desde o início dos combates entre os dois lados há mais de duas semanas.

Na sexta-feira, durante visita ao Cairo, no Egito, para discutir um cessar-fogo, o secretário-geral, Ban Ki-moon, pediu uma pausa humanitária de sete dias.