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Ban condena bombardeio de escola das Nações Unidas em Gaza BR

Foto: Unrwa

Ban condena bombardeio de escola das Nações Unidas em Gaza

Secretário-geral diz que ataque é mais um exemplo de que os combates entre israelenses e palestinos têm que acabar imediatamente; ONU afirma que muitos morreram, incluindo crianças, mulheres e funcionários da Unrwa, mas ainda não se sabe o número exato.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas informaram que uma de suas escolas em Gaza foi alvejada por um bombardeio nesta quinta-feira.

A escola de meninas em Beit Hanoun, Gaza, abriga centenas de pessoas que estão fugindo dos confrontos entre o Exército de Israel e o grupo islâmico Hamas, além de outras facções armadas.

Informações

O porta-voz de Ban Ki-moon, Farhan Haq, leu a nota emitida pelo secretário-geral condenando o atentado.

Haq contou que o ataque ocorreu na manhã desta quinta-feira. Segundo a Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, a escola foi alvejada pouco antes das 8 da manhã, horário local.

Farhan Haq afirmou que muitas pessoas morreram no ataque incluindo mulheres, crianças e funcionários da Unrwa, mas o número exato não pôde ser anunciado porque a ONU ainda está recebendo as informações.

Pausa Humanitária

Ban Ki-moon condenou o ataque e disse que este é mais um exemplo de que é preciso acabar imediatamente com os combates entre palestinos e israelenses.

Ainda segundo a ONU, durante todo o dia, funcionários da Unrwa tentaram evacuar os civis, mas a ação dependia de uma pausa humanitária que não foi alcançada até aquele momento.

O porta-voz da Unrwa, Chris Gunness, informou que esta é a terceira vez que uma instalação da Unrwa é bombardeada. A agência condenou o incidente de forma veemente.

Risco

Na segunda-feira, a Escola Preparatória de Meninas Maghazi foi atingida por ataques aéreos. A operação deixou uma criança ferida. Mais tarde, quando especialistas da Unrwa voltaram ao local para avaliar a situação, um novo bombardeio atingiu a mesma escola.

A Unrwa voltou a pedir a todos os lados do conflito que respeitem as leis humanitárias internacionais e os civis, e que evitem ações que coloquem em risco a vida dos trabalhadores humanitários.

Ao todo, 118 mil palestinos buscaram refúgio em instalações da ONU na Faixa de Gaza. Quase 80 locais como escolas, clínicas médicas e depósitos de alimentos abriram suas portas para abrigar os palestinos.