ONU condena ataques que mataram pelo menos 130 na Nigéria
Ações são associadas às milícias Boko Haram em duas cidades do país; agências de notícias indicam que quatro países devem contribuir para criar força regional de 2,8 mil homens para combater o grupo.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas condenaram, esta quinta-feira, com veemência o assassinato de dezenas de civis atribuídos às ações das milícias nigerianas Boko Haram em três cidades do país.
Uma nota do representante do secretário-geral na África Ocidental expressa “profunda indignação” com os ataques que mataram mais de 130 pessoas. As ações obrigaram cerca de 15 mil pessoas a fugir para a capital do Estado de Borno, Maiduguri, ou para cidades vizinhas.
Derrube de Autoestrada
Said Djinnit refere que os atos estenderam-se do fim de semana até esta quarta-feira em Damboa e em Kaduna, no Estado do mesmo nome.
A nota foi emitida num momento em que agências de notícias dão conta de viaturas e de camiões isolados depois do derrube da autoestrada de Ngala que dá acesso aos Camarões, em Borno.
Os media citam fontes oficiais nigerianas indicando que o país, os Camarões, o Chade e o Níger comprometeram-se a acelerar a criação de uma força regional de 2,8 mil homens para combater ao grupo islamita.
Responsáveis
Às famílias enlutadas, o responsável endereçou condolências e reiterou solidariedade para com as vítimas, o Governo e os nigerianos.
Djinnit encorajou às autoridades do país a fazer o seu melhor para travar o ciclo de violência e levar os responsáveis pelos atos à justiça.
Em nome da ONU, o representante reiterou o apoio da organização na cooperação regional eficaz para pôr fim à ameaça do terrorismo e dos ataques do Boko Haram.