Iniciativa deve ajudar 90% de seropositivos a conhecer o seu estado

Onusida integra parceria para garantir exames, qualidade de atendimento e serviços eficazes no tratamento de pacientes; anúncio foi feito na conferência internacional sobre a doença, que decorre na Austrália.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida, anunciou o lançamento da Iniciativa de Acesso ao Diagnóstico, que deve permitir que 90% da pessoas que vivem com o vírus conheçam o seu estado.

A aposta é melhorar a capacidade dos laboratórios para garantir que os beneficiários tenham um atendimento de alta qualidade, aliado a serviços eficazes de tratamento.

Conferência

O projeto foi oficializado na 20ª conferência internacional sobre a doença, que decorre até esta sexta-feira em Melbourne, na Austrália.

O diretor executivo do Onusida lembrou que são 19 milhões dos 35 milhões de pessoas que vivem com o HIV sem saber. Michel Sidibé alertou para o risco de morte caso estas não o descubram.

Para o responsável, deve ser simplificado o acesso aos testes para que os que convivem com o vírus possam iniciar o tratamento essencial para salvar a vida. Além do Onusida, a iniciativa envolve o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e a Organização Mundial de Saúde, OMS.

Emergência

Por outro lado, estão a Iniciativa Clinton de Acesso à Saúde, a Sociedade Africana de Medicina Laboratorial e o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio ao Sida, Pepfar.

O projeto deve garantir que os beneficiários do tratamento sejam submetidos aos testes para controlar com frequência os níveis do vírus no corpo, a chamada carga viral. O requisito ajuda a tornar a terapia mais eficaz.

O Onusida refere que, atualmente, poucos países garantem o tipo de exame de uma forma rotineira. Com as novas tecnologias, deve ser alargado o acesso ao tipo de testes.