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Comissária da ONU quer investigação sobre conflito no Oriente Médio BR

Navi Pillay (centro) em sessão especial do Conselho de Direitos Humanos. Foto: ONU/Violaine Martin

Comissária da ONU quer investigação sobre conflito no Oriente Médio

Navi Pilay abriu sessão especial do Conselho de Direitos Humanos sobre combates em Gaza e em Israel; ela lembrou que mais de 70% das vítimas são civis e que ações podem ser consideradas crimes de guerra e contra a humanidade.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

A alta comissária da ONU para direitos humanos, Navi Pillay, pediu uma investigação sobre o conflito entre Israel e a Faixa de Gaza. Segundo ela, há indícios críveis de que as ações realizadas na região podem ser classificadas de crimes de guerra e contra a humanidade.

Pillay fez a declaração durante uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos sobre o tema, em Genebra.

Prioridade

A alta comissária da ONU afirmou que Israel, o movimento islâmico Hamas e outros grupos armados palestinos têm que respeitar o direito internacional humanitário. Segundo Pillay, a proteção da vida de civis e de crianças é uma prioridade.

Em seu discurso, ela afirmou que civis não podem ser objetos de ataques. E que é preciso fazer a distinção entre alvos militares e civis. Mais de 74% dos mortos até o momento são civis.

Pillay lembrou que foram praticados mais de 2,1 mil ataques aéreos. O número total de foguetes e morteiros lançados de Gaza contra Israel é de 2,9 mil. Mais de 600 palestinos morreram. Um terço são mulheres e crianças.

Foguetes

Segundo agências de notícias, até o momento, pelo menos 27 soldados israelenses perderam a vida e dois civis morreram no lançamento de foguetes contra Israel.

A representante do Brasil, Maria Luisa Escorel de Moraes, também discursou no Conselho de Direitos Humanos e condenou a violência dos dois lados. Ela afirmou que o Brasil apoia a abertura de um inquérito sobre o assunto, e disse que o país continua comprometido com a busca de uma solução pacífica para o conflito que leve à produção de dois Estados, um palestino e outro judaico, vivendo lado a lado.

* Apresentação: Mônica Villela Grayley.