Conselho de Segurança fala sobre ataques a minorias religiosas no Iraque
Em comunicado, órgão expressou “profunda preocupação” com relatos de ameaças na cidade de Mossul e outras partes do Iraque controladas pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança condenou uma onda de ataques a minorias religiosas e étnicas no Iraque. Em comunicado, o órgão da ONU citou o ultimato dado a cristãos que vivem na cidade de Mossul, que está sendo controlada pelo grupo islâmico Isil.
De acordo com o Conselho, os cristãos que vivem na cidade e em outras áreas tomadas pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante foram intimados a pagar um imposto, se converter ao islamismo ou serem executados.
Assassinatos
O Conselho de Segurança disse que também está preocupado com relatos de que minorias étnicas e religiosas em Mossul estão sob risco de sequestros, violência como destruição de suas propriedades e até mesmo assassinatos por discordarem do que o órgão chamou de “ideologia extremista” do grupo Isil.
Segundo agências de notícias, nos últimos dias, os militantes do Isil invadiram um mosteiro que data do século 4 depois de Cristo e expulsaram os monges. O local é também um sítio de peregrinação dos cristãos. O mosteiro ficar no sudeste de Mossul.
A nota ressaltou que comunidades que conviveram por centenas de anos juntas em Mossul e na província de Níneve estão agora sob ataque e perseguição de grupos armados.
Terrorismo
Dezenas de milhares de membros de minorias étnicas e religiosas estão sendo deslocados à força e sendo obrigados a fugir. Muitos estão sendo executados ou sequestrados no processo.
O Conselho de Segurança disse que o terrorismo e todas as manifestações deste crime são ameaças sérias à paz e segurança internacionais. E que qualquer forma de terrorismo é criminosa e injustificável.