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Chefe do governo guineense fala em reunião da ONU nesta quarta-feira

Presidente da Comissão de Consolidação da Paz, Antonio Patriota. Foto: ONU/Amanda Voisard

Chefe do governo guineense fala em reunião da ONU nesta quarta-feira

Intervenção de Domingos Simões Pereira será via videoconferência; expectativa da Comissão de Consolidação da Paz é de colaboração das autoridades na busca de recursos para programas de estabilização do país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas realizam, esta quarta-feira, uma reunião da Estratégia da organização para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau.

O evento ocorre uma semana depois da posse do novo chefe do governo guineense. Espera-se que a primeira participação de Domingos Simões Pereira seja com um pronunciamento via videoconferência.

Paz

O anúncio foi feito à Rádio ONU pelo embaixador do Brasil junto das Nações Unidas, Antonio Patriota, que é também presidente da Comissão de Consolidação da Paz com a sigla em inglês PBC. As declarações seguiram-se à apresentação de um relatório anual da entidade ao Conselho de Segurança, nesta terça-feira.

“Embora houvesse referências ao retrocesso que representou a rotura constitucional de 2012, as intervenções registraram os avanços alcançados na Guiné-Bissau. Em particular, a eleição do governo e a instalação no poder de novas autoridades legitimamente eleitas e, é para mim uma satisfação anunciar que teremos uma reunião da configuração específica da Guiné-Bissau. Esperamos a participação por vídeoconferência do novo primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira”.

Acompanhamento

Após a reunião do órgão, o diplomata disse haver o que considerou consciência nova da parte da comunidade internacional de que o acompanhamento de países pós-conflito deve ser feito a longo prazo.

Patriota disse esperar ainda que com as novas autoridades do país seja mantido um ritmo de cooperação com a ONU como foi verificado até cessação de funções do último representante do secretário-geral.  José Ramos Horta deixou a Guiné-Bissau em finais de junho.

Meios

“Essa coordenação estreita se revelou positiva. Espero e tenho confiança  de que isso ocorra e que continuará a nos guiar agora nesta fase de busca de meios para implementar programas de estabilização a longo prazo no país.”

O encontro sobre a Guiné-Bissau decorre depois de os 15 Estados-membros do Conselho terem abordado a reincidência de conflitos e a estabilização definitiva.

Entre outras sugestões, a Comissão disse considerar o aumento do papel das mulheres na reconstrução da paz global.