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Unama condena ataque suicida que matou mais de 80 no Afeganistão BR

Jan Kubis. Foto: ONU/Evan Schneider

Unama condena ataque suicida que matou mais de 80 no Afeganistão

Missão das Nações Unidas informou que entre as vítimas estão várias crianças; é o pior ataque deste ano em número de mortos.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Missão da ONU no Afeganistão, Unama, condenou o atentado suicida, ocorrido nesta terça-feira, no sudeste do país.

Segundo agências de notícias, pelo menos 89 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas quando um carro-bomba explodiu num mercado de Orgun, na província de Paktika. Entre as vítimas, estão várias crianças.

Polícia

A Unama afirmou que este é o pior ataque deste ano em número de mortos. Um veículo carregado de explosivos foi detonado na frente do mercado matando os civis que compravam no local.

Há relatos de que o autor do ataque decidiu ativar os explosivos, antes da hora, após a polícia ter descoberto o carro.

Em nota, o chefe da Unama, Jan Kubis, afirmou que o ataque hediondo praticado durante o ramadã, o mês de jejum dos muçulmanos, tem que ser condenado nos termos mais veementes. Kubis lembrou que o ramadã é um momento de se observar um espírito de paz e compaixão.

Talebã

Segundo ele, os autores do ataque têm que ser responsabilizados.

O comunicado da Unama indica que o grupo islâmico Talebã negou envolvimento com o atentado, e disse que vai investigar o crime.

A explosão desta terça-feira acontece após dois ataques suicidas que mataram quatro pessoas e feriram 11 no país.

Coragem

O secretário-geral da ONU também emitiu uma nota, através do porta-voz, sobre o atentado. Ele condenou ainda um outro ataque, realizado em Cabul, também nesta terça-feira que matou dois funcionários do governo afegão.

Ban Ki-moon disse que o Afeganistão ainda está enfrentando desafios na proteção de civis em conflitos armados. Mas ele elogiou o que chamou de "coragem" dos eleitores afegães que participaram de dois turnos das eleições "rejeitando a violência para construir um futuro mais próspero e pacífico" para o país.