Chefe da ONU demanda fim dos confrontos entre israelenses e palestinos BR

Para Ban Ki-moon, situação continua piorando, mesmo após pedido de cessar-fogo feito pelo Conselho de Segurança; secretário-geral condena lançamento de foguetes pelos dois lados em conflito.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da ONU está “alarmado” com a situação na Faixa de Gaza, que para ele parece estar piorando, mesmo após o pedido de cessar-fogo feito pelo Conselho de Segurança no sábado.
Numa nota divulgada pelo seu porta-voz, neste domingo, Ban Ki-moon fala em “sérias implicações para a segurança de civis israelenses e palestinos”. Ban acredita ser de interesse das duas partes que a crise seja substituída por medidas que levem ao fim dos confrontos e previnam novas mortes.
Riscos
Ao citar “grandes riscos para a paz regional e a segurança”, o secretário-geral demanda aos dois lados que sigam agora nesta direção, visando o fim dos conflitos. Segundo a nota, o Hamas lança foguetes de forma “indiscriminada contra os civis israelenses, violando a lei humanitária internacional”.
Ban Ki-moon afirma “abominar” as imagens de famílias de Israel em abrigos, temendo pela segurança de seus filhos. Por isso, ele volta a condenar os foguetes palestinos lançados de Gaza e pede fim imediato do que considera ser “ataques indecentes”.
Responsabilidade
Mas o secretário-geral também está profundamente preocupado com o impacto de ações militares israelenses. Ban lembra que muitos civis palestinos já morreram e diz que “qualquer ofensiva em terra por parte de Israel, irá sem dúvida aumentar as mortes e o sofrimento” das famílias na Faixa de Gaza.
Ban Ki-moon afirma ter um “senso de responsabilidade para com os palestinos que, especialmente em Gaza, têm negadas, há muito tempo, a liberdade e a dignidade que merecem”.
O secretário-geral não acredita que a longa e séria disputa política entre israelenses e palestinos possa ser resolvida por via militar. Ele continua empenhado com os dois lados pelo fim da violência. Ban Ki-moon diz ser a hora das famílias da região terem paz e segurança, confiarem umas nas outras, apesar do medo e do ódio que caracteriza a relação ente os dois lados no momento.
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