Guiné-Bissau citada para ilustrar impacto da instabilidade no narcotráfico
Unodc fala de aumento dos receios sobre possíveis ligações entre criminosos e grupos terroristas; no Mali, chefe da agência abordou combate ao crime e a consolidação da paz e desenvolvimento.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Os confrontos no Mali e o golpe de Estado de 2012 na Guiné-Bissau tornaram os dois países cada vez mais vulneráveis às drogas e ao crime.
A constatação foi feita pelo diretor executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc. Yuri Fedotov disse haver receios crescentes sobre possíveis ligações entre criminosos e grupos terroristas.
Estratégia
O responsável disse que a agência elaborou uma estratégia orientada para a região do Sahel, para fortalecer os regimes jurídicos e promover representantes judiciais a nível nacional e regional.
O plano foi concebido juntamente com os governos de países como Chade, Mauritânia, Burkina Fasso, Mali, Níger, Líbia, Argélia e Marrocos.
Apoios
Na quarta-feira, Fedotov terminou uma visita ao Mali, integrando a comitiva do subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz, Hervé Ladsous.
A deslocação foi marcada por um encontro com o primeiro-ministro maliano, Moussa Mara, que abordou a continuação do apoio dos esforços contra os grupos envolvidos com drogas, corrupção e terrorismo.
Consolidação da Paz
Para o chefe do Unodc, a presença no Mali envia uma mensagem clara de que é essencial conter as drogas, o crime, a corrupção e o terrorismo para a construção da paz e desenvolvimento do país e da região.
O representante disse que o Unodc vê a manutenção da paz e o combate às drogas e ao crime organizado como questões interligadas, que pedem respostas conjuntas.
*Apresentação: Denise Costa.