Escritório da ONU diz que mortos podem chegar às centenas no Iraque
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos disse esta sexta-feira que apesar do total de vítimas civis no Iraque ser ainda desconhecido, há relatos sobre centenas de mortos e cerca de mil feridos nos últimos dias.
Em comunicado, Navi Pillay afirma estar profundamente perturbada com informações da busca e assassinato de soldados, polícias e civis em Mossul após a sua tomada pelo movimento Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Os responsáveis pelos atos seriam os combatentes do grupo armado Isil, que teriam libertado os detidos em prisões locais e equipado com armas para fazer execuções. As ações seriam tomadas pela perceção de que as vítimas estão ligadas ao Governo.
Pillay expressou extremo alarme com a dramática deterioração da situação no Iraque, perante "relatos de execuções sumárias e extrajudiciais aliadas ao deslocamento de cerca de meio milhão de pessoas".
Entretanto, a Organização Mundial da Saúde, OMS, disse que começou a reforçar o sistema de saúde do governo fora dos acampamentos para os que deixaram as suas casas. A agência chamou atenção para o risco de surtos de sarampo e da poliomielite em Mossul.
Acompanhe a reportagem de Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York, para o Jornal Globo News.