ONU pede melhoria de segurança após ataque contra presidência somali

Três membros das milícias al-Shabab foram mortos na ação contra o complexo em Mogadíscio; representante do secretário-geral saudou ação imediata das forças da União Africana e do exército do país.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas recomendaram uma ação rápida do governo somali para aprender as lições dos recentes ataques e tomar medidas para melhorar os serviços de segurança.
O pedido seguiu-se aos ataques desta terça-feira ao complexo presidencial na capital, Mogadíscio, pelos insurgentes al-Shabab. De acordo com agências noticiosas, os invasores foram repelidos pelas forças da União Africana e do governo somali.
Mortes
As agências de notícias citam o governo a anunciar a demissão dos chefes da polícia e da inteligência, nesta quarta-feira, após a ação que resultou na morte de três atacantes e na captura de um outro.
Após condenar o ataque, o representante especial do secretário-geral no país, Nicholas Kay, destacou que é o último de uma série perpetrada pelo al-Shabab contra as instituições políticas da Somália. A 5 de julho, o Parlamento foi alvo de uma tentativa fracassada.
Tumultos
Kay reuniu-se com o presidente Hassan Sheikh Mohamud e o primeiro-ministro Abdiweli Ahmed.
Após o encontro, referiu que o progresso político só é possível através da união das instituições políticas. Considerou que por essa razão estas estão a ser atacadas “por pessoas determinadas a mergulhar o país em tumultos.”
A ONU reafirmou a continuação da sua ajuda para o alcance de progressos na estabilidade e da paz para o povo e para as instituições somalis. Kay saudou a ação imediata das forças que intervieram para deter o ataque.
A nota encerra com uma promessa da organização de trabalhar para a formação de instituições de segurança nacionais fortes com vista a proteger o país do Corno de África.