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OIM saúda plano para combater malária em África com maior foco em migrantes

Eliminação da malária. Foto: OMS/S. Hollyman

OIM saúda plano para combater malária em África com maior foco em migrantes

Moçambique é um dos países que adotaram o documento, que também prevê ação de mobilidade humana; Declaração de Victoria Falls envolve a prestação de serviços de saúde adequados e inclusivos para populações transfronteiriças.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização Internacional para Migrações, OIM, saudou esta terça-feira a adoção de um compromisso que prevê abordar a malária no contexto da migração e da mobilidade humana em países de África.

A Declaração de Victoria Falls foi assinada esta semana por ministros da Saúde de países com malária endémica. O objetivo é eliminar e ampliar o controlo da doença entre os migrantes difíceis de alcançar e as comunidades móveis.

Moçambique

Um plano de ação de 10 pontos prevê colocar em prática o controlo e eliminação da malária, até que sejam cumpridas as metas definidas.

Moçambique é um dos países que aprovou o documento ao lado de nações como Gabão, Sudão, Zâmbia, Zimbabué, África do Sul, Suazilândia, Quénia e Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.

Em mensagem, o diretor-geral da OIM, William Swing, disse que numa “era de mobilidade humana sem precedentes, apesar de evitável e tratável, a malária continua a ser uma doença fatal que não conhece e nem respeita fronteiras”.

Mobilidade

Com a preparação dos países para a agenda de desenvolvimento pós-2015, o responsável considera imperativo que a migração e mobilidade humana estejam incluídas nas metas de saúde a serem alcançadas depois do período.

Para a OIM, ao ter sido validado o compromisso, foi ressaltado que a malária continua a ser um obstáculo para o progresso económico, especialmente para os mais pobres em todo o mundo.

Várias Etapas

A agência celebra o reconhecimento de que os migrantes ainda enfrentam barreiras de acesso ao tratamento em várias etapas de migração. Para a OIM, se a situação continuar, os ganhos no controlo da malária e da sua eliminação a nível nacional serão insustentáveis.

Swing afirmou que as autoridades admitiram que a falta de dados e os sistemas de saúde pobres representam um desafio para controlar a malária, e que estas  concordaram em colaborar e reforçar iniciativas de combate.

A declaração envolve a ação conjunta das autoridades públicas, privadas e parceiros de desenvolvimento na prestação de serviços de saúde adequados e inclusivos para populações transfronteiriças, móveis e migrantes.

*Apresentação: Denise Costa.