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ONU preocupada com piora da crise no Iraque BR

Milhares fogem por causa da violência. Foto: Acnur/Inge Colijn

ONU preocupada com piora da crise no Iraque

Secretário-geral citou violações dos direitos humanos e da lei humanitária internacional; entre as violações estão execução sumária de soldados e prisioneiros.

Edgard Júnior, da Radio ONU em Nova York.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou grave preocupação com a piora da crise no Iraque e com o crescente número de mortos e feridos nos conflitos armados.

Segundo o chefe da ONU, até agora mais de 1 milhão de iraquianos fugiram de suas casas por causa da violência.

Violações

Em comunicado divulgado neste domingo, Ban citou as persistentes violações dos direitos humanos e da lei internacional humanitária no país.

Entre elas estão, a execução sumária de prisioneiros e soldados capturados, bombardeio de áreas de população civil e o sequestro e assassinato de religiosos e membros de grupos étnicos.

Em recente relatório, a Missão da ONU de Assistência no Iraque, Unami, e o Escritório de Direitos Humanos denunciaram alegados abusos cometidos tanto pelas forças de segurança iraquianas como pelo movimento armado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.

Perseguições

Ban pediu a todas as partes envolvidas no conflito que parem imediatamente com as perseguições de civis baseadas na religião ou na raça das pessoas.

O secretário-geral disse ainda que as forças de segurança, os grupos armados, o Isil ou as milícias locais têm a obrigação legal e a responsabilidade moral de evitar e prevenir a violência contra a população comum.

Estado Islâmico

Segundo as agências de notícias, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante decidiu declarar as áreas ocupadas pelo grupo como um estado islâmico. Abu Bakr-al-Baghdadi foi proclamado como califa e líder dos muçulmanos.

As agências explicam que o objetivo de muitos jihadistas sempre foi a criação de um país regido pelas as leis islâmicas.

Desde o início do mês, pelo menos 1,3 mil pessoas foram mortas e 1,2 mil ficaram feridas nos conflitos no Iraque.