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Ban acolhe ideia de força de reserva para atuar na África Oriental

23ª. Sessão da União Africana. Foto: ONU/Eskinder Debebe

Ban acolhe ideia de força de reserva para atuar na África Oriental

Secretário-geral afirmou que operações de manutenção da paz da organização frequentemente levam tempo para gerar efetivos; fazer frente a ameaças de terrorismo é um dos objetivos dos países da área.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral das Nações Unidas disse que acolhe a ideia de uma força de reserva para a África Oriental, caso esta venha ser criada pelas organizações regionais.

Ban Ki-moon respondia a pergunta de um jornalista que pediu para saber o seu posicionamento relativamente ao tema, antes de deixar Guiné Equatorial onde participou na 23ª. sessão ordinária da União Africana. De Malabo, ele seguiu para Nairobi para tomar parte na primeira sessão da Assembleia da ONU sobre o Meio Ambiente.

Soldados

Ao sublinhar que apoiava vigorosamente a ideia do efetivo, Ban explicou que por vezes as operações de manutenção da paz da ONU levam tempo a gerar forças, além de  equipar e treinar soldados.

A ideia de criação de uma entidade regional foi proposta por 10 países em 2004 com vista a enfrentar ameaças de terrorismo na área.

De acordo com a proposta, a Força de Reserva da África Oriental incluiria nações como Ruanda, Uganda, Quénia, Burundi, Comores, Djibouti, Etiópia, Seychelles, Somália e Sudão.

Paz

Ban explicou que o ideal seria que a ONU tivesse uma força de reação rápida para operações de paz, mas reconheceu que não se tem chegado a acordo sobre a questão.

O chefe da ONU revelou que a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança têm recomendado aos Estados-membros da organização que tenham alguma força de reação nos governos nacionais.

Sem mencionar nomes, falou da existência de países com tal arranjo. Estes treinam os seus soldados para que estejam em prontidão para o caso de uma decisão do Conselho de Segurança de implantar operações de paz.

A proposta dos países da África Oriental visa pôr em prática a força composta por militares, elementos da polícia civil para lidar com ameaças à segurança e os desafios regionais.